O processo migratório de mulheres angolanas grávidas e/ou com filhos para São Paulo (2013 a 2018)

Autores

  • Dirce Trevisi Prado Novaes PUC-SP

Palavras-chave:

angolanas, migração feminina, gravidez, prole brasileira, regularização migratória

Resumo

Este artigo é um resumo da tese de Doutorado em Ciências Sociais pela PUC-SP, defendida em maio de 2021, que tem como objetivo entender e mapear as estratégias migratórias adotadas por mulheres angolanas como parte de seus projetos migratórios, considerando principalmente a regularização migratória por filho nascido no Brasil e a busca por melhores condições de saúde e educação para elas, seus filhos e suas famílias. Para tanto, foi realizado um estudo de caso com angolanas que vieram grávidas ou não, com filhos ou não e acompanhadas ou não de seus marido e/ou companheiros para São Paulo durante o período de 2013 a 2018. Como metodologia, foi feita uma revisão bibliográfica de artigos, dissertações e teses que tratam dos temas migração, maternidade, migração feminina e migração angolana para o Brasil. Um dos principais referenciais teóricos mobilizados foi o conceito de “feminização da migração”. Além disso, foram realizadas entrevistas semiestruturadas em profundidade com 19 mulheres angolanas que chegaram a São Paulo após 2013 para investigar e identificar características pessoais, as motivações do deslocamento e as estratégias utilizadas para migrar. Foram também entrevistados 14 especialistas, dentre eles: doutorandos, mestrando, pesquisadores angolanos e profissionais de instituições que atendem essas mulheres, em São Paulo. Concluímos que a vinda das mulheres angolanas para o Brasil tem como finalidade a criação dos filhos no país a partir das condições de saúde e educação gratuitas e de qualidade oferecidas no Brasil. Foi possível notar que a regularização migratória com base em filho nascido no Brasil foi uma questão relevante para as estratégias da maioria das mulheres entrevistadas. A tese também visa contribuir para evidenciar outra faceta dos movimentos migratórios que não estão apenas relacionados à figura masculina e à busca de trabalho. Intentamos revelar diferentes aspectos do fenômeno da migração feminina em que as mulheres são cada vez mais agentes de seus processos migratórios.

Biografia do Autor

Dirce Trevisi Prado Novaes, PUC-SP

Doutora em Ciências Sociais pela PUC-SP em 2021, enfermeira obstétrica; membro do Ministério Público do Trabalho aposentada e voluntária na Missão Paz.

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Publicado

2021-12-06

Como Citar

Novaes, D. T. P. (2021). O processo migratório de mulheres angolanas grávidas e/ou com filhos para São Paulo (2013 a 2018). TRAVESSIA - Revista Do Migrante, 1(92). Recuperado de https://revistatravessia.com.br/travessia/article/view/1026

Edição

Seção

Artigos