Segunda geração ontem e hoje: continuidades e transformações nas experiências sino-brasileiras
Palavras-chave:
sino-brasileiros, segunda geração, trabalho, discriminação étnica e racial, culturaResumo
O presente artigo apresenta as narrativas de vida de duas “segundas gerações” da imigração chinesa ao Brasil e proponho uma análise comparativa entre elas. O primeiro grupo de entrevistados é constituído por 8 sino-brasileiros entre 40 e 60 anos de idade, cujas famílias se estabeleceram em Curitiba ao longo das décadas de 1950, 1960 e 1970, onde abriram pastelarias e lanchonetes. Todos nasceram e cresceram no Brasil, com exceção de Sérgio, que nasceu em Moçambique e se mudou para o Brasil na infância, após viver por um breve período em Portugal, e de Lucilina e Pedro que viveram por cerca de um ano em Hong Kong quando eram crianças, retornando para Curitiba em seguida. O segundo recorte é composto por Ronaldo, com 19 anos de idade no momento da entrevista, cuja família se mudou para o Brasil em meados da década de 1990 – Ronaldo nasceu no Brasil, sua família voltou à China após seu nascimento, para 3 ou 4 anos depois se estabelecer no Brasil novamente. Após passarem alguns anos em Minas Gerais, a família se mudou para São Paulo, onde apostou numa empresa de confecção de roupas masculinas, junto de um sócio. Hoje, continua atuando no ramo por meio da marca de streetwear, fundada por Ronaldo em 2020, a SHUI.