A ritualização do pertencimento
O “paraíba” e seus espaços
DOI:
https://doi.org/10.48213/travessia.i38.779Abstract
O ato de migrar pressupõe o abandono do espaço social de origem, exigindo a procura não apenas por trabalho, mas também por moradia. A despeito de ser o trabalho a disposição central da migração, o onde morar e de que forma não se transcrevem como preocupações de menor importância. O trabalho e a residência para os migrantes, mais do que para os demais trabalhadores, têm uma estreita relação de dependência mútua (Sayad, 1992). Essa interdependência leva os trabalhadores a terem como uma das alternativas para a efetivação dos projetos intrínsecos à migração, a inserção em atividades produtivas que ofereçam a moradia (Barbosa, 2000). Não é por menos que as ocupações de empregada doméstica e de empregado de edifício são apontadas pelos estudiosos da migração, como Durham (1984) e Garcia Júnior (1989), como atividades potencialm ente absorvedoras de mão-de-obra migrante. [...]