Pensando eticamente sobre refugiados
um caso para a transformação da governança global
DOI:
https://doi.org/10.48213/travessia.i79.54Palabras clave:
migrantes e refugiados, problemas éticos, sociedade civil globalResumen
Todos nós, participantes da política global contemporânea, enfrentamos uma série de problemas basicamente éticos envolvendo refugiados. Esses problemas éticos apresentados a nós estão se tornando mais urgentes a cada dia. As perguntas estão se tornando mais aguçadas como resultado da grande onda de refugiados entrando na Europa devido à atual guerra que ocorre na Síria. Nesse artigo, pretendo realizar três coisas. Primeiro, mostrarei que, no caso dos refugiados, os problemas devem ser entendidos essencialmente como problemas éticos e que, em sentido aprofundado, nós estamos perdendo tempo se continuarmos a ver os desafios apresentados pelos refugiados como meramente técnicos, legais, políticos, ou administrativos. Segundo, apresentarei um esboço de uma maneira que eu considero particularmente útil para entender os problemas apresentados a nós pelos refugiados. Esse modo de análise está baseado no que chamo de teoria constitutiva. Ela considera as práticas globais dentro das quais nós somos constituídos como atores que nós mesmos entendemos ser. Terceiro, tentarei esclarecer quais são as implicações desse modo de análise para aqueles que, como nós, estão preocupados com a pergunta: “O que deve ser feito em relação aos problemas apresentados pelos imigrantes considerando como os experimentamos no mundo contemporâneo?” A análise que ofereço é radical no sentido de que mostra como a linguagem que usamos sobre ética internacional, especialmente a linguagem universal de direitos humanos, indica como aspectos das legislações nacionais e internacionais necessitam urgentemente de reformas.