As tecnologias da informação e comunicação a serviço do exercício dos direitos humanos de refugiados em campanhas digitais:
uma proposta de análise do discurso sobre ciência, ética, cultura, educação e artes do vídeo, com resistências e formas alternativas de organização social na pandemia
Parole chiave:
campanhas digitais;, discurso, pandemiaAbstract
A crise migratória contemporânea acirrada pela pandemia é uma crise humanitária e o (i)migrante-refugiado pode ser pensado pelo público tanto como identificado ao humano viajante quanto contraidentificado a um estranho fugitivo e seu sentido também pode deslizar para outros desidentificados aos anteriores, que resgatem a ideia de valor humano, na perspectiva ética, para além do estrangeiro supostamente ameaçador na concepção de humanidade construída socialmente como padrão global, afirmando-o como sujeito cidadão, mediado e do mercado consumidor capitalista na sociedade de informação. Objetiva-se propor uma análise discursiva crítica acerca de campanhas digitais sobre refugiados no Brasil. Por meio de estudo sobre a “língua refugiada” – da linguagem verbal e não verbal dos sujeitos em vídeos e notícias, antes que a narratividade oficial, marcada na forma-sujeito histórica do (i)migrante-refugiado – será empreendida a análise de materiais de acervo pessoal, audiovisuais e virtuais, com base na pesquisa bibliográfica, na pesquisa explicativa de registro, análise e interpretação de dados, por observação não participante, quanto à produção da subjetividade do sujeito refugiado, em face da crise migratória humanitária durante a pandemia, que afeta o acesso à educação, cultura, emprego e outros. Considera-se que as tecnologias da informação e comunicação, ora imaginadas como meios digitais contendo campanhas sobre os refugiados no país, ou que a ciência social da comunicação aplicada às artes do vídeo, tornam visível / dizem / mostram o exercício dos direitos humanos desses sujeitos, expressando seus pontos de resistências e formas alternativas de organização social nos grupos em rede frente aos discursos oficiais na mídia, no contexto da pandemia.