Memórias de gênero
A construção de uma ídischkeit imaginária no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.48213/travessia.i68.496Schlagworte:
comunidade judaica, identidade étnica, cultura judaicaAbstract
Este artigo analisa a vida e a importância de ativistas de esquerda europeia e nacional, na elaboração de uma identidade judaica progressista e libertária, base da formação, entre os anos 1910 e 1920, da Associação Scholem Aleichem (ASA) e da Casa do Povo ou Instituto Cultural Israelita Brasileiro (ICIB), instituições atualmente situadas nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo, respectivamente. Muitos deles vieram por motivos econômicos, mas, os principais fatores para o seu deslocamento foram as ditaduras na Polônia, hungria e Romênia, e a crescente ascensão do antissemitismo, e de suas militâncias nos partidos comunistas e no Bund. Os jornais e demais documentos, bem como entrevistas feitas com os ativistas constituem as fontes analisadas neste artigo. As posturas políticas, o modo como organizavam as atividades em ambas as associações, suas ideias sobre identidade e educação (formação de uma rede escolar própria) são dados considerados para a compreensão do que o grupo concebe como identidade étnica e social.