Migração Brasil - Japão
estratégias de sobrevivência cultural
DOI:
https://doi.org/10.48213/travessia.i84.920Schlagworte:
imigrantes, refugiados, serviços de saúde mental, psiquiatria culturalAbstract
Neste texto analisaremos sobre como os migrantes no Japão compreendem um importante segmento Nikkei criado no Brasil, a partir do início dos anos 1990, com uma experiência cultural “sui generis”. Nos 40 anos de experiência na sociedade japonesa, crescente parcela dos migrantes internalizou novos aspectos culturais ao enfrentar os desafios de convivência compulsória com o entorno totalmente diferente da sua bagagem cultural. Desenvolveram seus próprios costumes, pensamentos e sentimentos, formando núcleos de vivência parcialmente integrados, mas não assimilados pela sociedade local. A imersão, mesmo precária, do migrante brasileiro e outros latino-americanos no moderno contexto cultural do Japão, traz novos aspectos culturais decorrentes da construção de novas maneira de viver naquele país. As novas formas culturais criadas vinculam-se a (re)construção da identidade, nem japonesa, nem brasileira, nem peruana ou outra nacionalidade latino-americana, com uma convivência contraditória com a sociedade local. Os migrantes adaptaram as festividades populares, a culinária, as artes (samba, danças, carnaval, festas juninas e outras), o esporte - praticados no Brasil - em sua vivência no Japão, com toques culturais nipônicos, constituindose hoje em atração turística para turistas japoneses e estrangeiros. Por mais que haja uma integração, dificilmente ocorre a assimilação em vista da vivência contraditória entre, pelo menos, as culturas da sociedade de origem e de destino.